Sunday, January 31, 2010

Catch me if you can

Agora dizem que 90% dos meus óvulos já se foram... ano retrasado. Agora devo ter uns 9%. E ainda que com tão poucos, fico com preguiça de me lançar ao mundo.
Quero o conforto da minha casa, um vinho com uma amiga querida. Conversa jogada fora.
Prefiro o conforto das conversas soltas, livres de qualquer estímulo ou pretensão de se querer dizer algo nas entrelinhas, no olhar que precisa dizer mais, na angústia de querer ser entendida sem necessidade de muita explicação.
Quando tinha uns 20 anos, eu brincava com minha sensualidade, testava os limites de meu poder de sedução.
Buscava o mundo, era ávida por encontrá-lo em mim e nele transitar forte.
Agora quero o descanso das palavras.
Quero ficar aqui no meu canto, onde minha expressão encontra minhas sensações naturalmente e nelas transforma meu caminhar lento e contínuo.
Continuamente caminho sem procurar aquilo que tanto busco.
E não tenho pressa.
Não preciso me fazer entender e não preciso testar meus poderes com o mundo.
Aqueles que sentirem o que sinto estarão comigo.
Adeus aos vampiros. Adeus às sombras da noite.
Outro tipo de força preciso buscar agora.
Aquela que usava está gasta e obsoleta.
Agora minha realidade me pede outro tipo de cuidado.
E ainda não sei que cuidado é esse, nem que realidade é essa que me espera.
E ainda tudo o que quero é ser alcançada.
Mas sem paciência de mostrar o caminho.
Catch me if you can.

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