Thursday, November 26, 2009

I did it!


Porque meu mundo...

é do lado de lá!


Nerd ou o que?


Tenho certeza de que daqui a uns anos vou lembrar deste dia e pensar:
Meu Deus, por que não atravessei a rua?






Sunday, November 22, 2009

Dissolved

O pé na terra me fez um bem danado. Sentir o gelado, úmido da terra e me envolver como numa dança. Relaxar todos os músculos, enquanto sujava meu corpo.
Foi bom.
E ainda tenho frio na barriga quando lembro do que aconteceu. Quando me sinto sozinha e percebo que a vida está caminhando, tudo indo. Não pude parar o tempo pra me acalmar.
Mas preciso seguir íntegra, inteira. Verdadeira e entregue.
A esta vida que tanto me assombra, me conquista, me intimida e intriga.
Essa, que me faz querer sorrir, sempre. Aprender, tentar.
Quero muito a plenitude da minha alma em todos os passos que eu der. Quero minha essência refletida em meu olhar.
Minha verdade em minhas escolhas.
Quero perder o medo da vida.

Foto: Fernanda Preto

Wednesday, November 18, 2009

Dor

Era um quê de esperança, era sim. Uma vontade de final feliz daqueles que a gente acredita que exista ainda, depois de tantas lições e visões e entendimentos claros e não tão românticos. Tão claros como um soco no estomago.
Mas ainda assim, ela tinha essa vontade de relaxar nos braços de seu homem. Carinhoso e delicado homem cheio de desejos de felicidade e amor puro.
Mas ele errou.
Ela errou também.
E de incontáveis erros e insistências e tentativas e erros...
O interessante da história é que ela sempre tentou poupá-lo. Sempre quis evitar seu sofrimento. Sentia-se responsável por sua alegria e queria preenchê-lo com aquela felicidade que na verdade não era dela. Mas que com esforço tentava transformar na felicidade dos dois, para o mundo.
Ela tentava poupá-lo de palavras duras. Queria que ele entendesse a vida, suas idiossincrasias. Suas verdades. Seus desejos e vazios.
Sim, ela tinha seus vazios e angústias. Ela sofria a falta de algo que nem mesmo acreditava ser necessário, já que tinha consigo a pureza e a beleza do amor.
Alimentava essa pureza e gostava de ser vista desta forma. Depois de tantos anos, tantas tentativas, tanta vontade de viver um amor de verdade sem bloqueios, sem amarras ou impedimentos.
Mas, tadinha, ela era meio torta.
Como muitas mulheres são.
Culpa dos tempo hipermodernos. Essas dúvidas e desejos de sei lá o que, de se completar mais, de querer mais, querer aquilo que não se tem. Querer que o outro saiba exatamente o que falta e haja com força e assertividade masculina.
Que tola ela foi.
Ela que tinha.
Se culpava por querer mais. Por querer aquilo que imaginava que queria. Aquilo que preencheria aquele vazio que aumentava e aumentava.
Mas ela foi forte e foi diferente.
Quis que fosse de verdade. Quis que fosse doloroso, potente, sofrido.
Quis arrancar daquele coração sensível toda possibilidade de evolução, todo desejo de mudança, toda vontade de mais.
Quis que ele desejasse mais também.
Ele, obviamente se desequilibrou.
Nunca antes havia sido tão estimulado ao novo, ao olhar diferenciado e à dor.
Sim, à dor.
Ela o conduziu à dor e à insegurança. Ao medo de não ser. Aquilo que ele com tanta verdade desejava ser.
Ele a teve tão inteira, tão entregue.
E então, desmistificou-se.
Sua tristeza nem foi tanto pelo que fez, já que havia justificativa.
Brincadeiras e desejos são perdoáveis.
Todos têm os seus, por mais obscuros que pareçam.
De tanta verdade que quis, perdeu-se em sua busca.
E se machucou ao ver a dor causada no ser amado.
Quase como uma mãe que sofre pela queda de sua criança indefesa.
E aí?
Lá no fundo da dor, o que se sente?
Medo e alívio.
Alívio por lançar a máscara ao espaço, pois é na verdade dos fatos que encontra-se a resposta buscada.
É na consciência plena e pura que se vê o chão onde se pisa.
É na dor que se opta pelo ser. Pelo querer. Pelo findar.
A dor mostra os limites, mostra as extremidades do corpo, ali onde os átomos se fundem com o mundo.
É ali, naquele preciso instante que se encontra a liberdade.
O recomeço.