Friday, February 04, 2005

tóca rólin stôneeesss!!!

sabe quando vc sai totalmente da sua rota? Quando os sentidos e os costumes falam mais alto e mais forte e te conduzem por caminhos tão prazerosos e ao mesmo tempo tão conhecidos?
É muito difícil romper padrões. As músicas são as mesmas, o copo é o mesmo e a energia é a mesma. Apesar dos rostos serem diferentes, o coletivo é o mesmo, idêntico a tantos outros já vistos anteriormente em inúmeras situações idênticas.
Mas não sei se é realmente difícil quebrar tais padrões ou se é uma questão de transformação da própria essência.
Será que é possível transformar a essência?
Essa busca que tenho vivido, ainda que em fase fetal, me pede mudanças e transformações de hábitos e tendências que ainda não me sinto preparada a incorporar como uma verdade minha.
Continuo noturna. Soturna. Musical. Lisérgica. Tempestuosa. Solta. Idiossincrática.

Wednesday, February 02, 2005

observações de um noite qualquer

Hoje, que não estou me sentindo nada bem, vou tentar escrever algumas coisas... talvez o físico cansado abra portas pra percepção. Se bem que já é sabido que corpo e mente andam juntos, sempre em busca de um equilíbrio saudável. Mas eu não sou tão saudável assim.
Fui numa festa de aniversário no domingo passado e vi cenas bem interessantes. Vi casais apaixonados se olhando com um olhar tão bonito e cúmplice que desejei o mesmo olhar pra mim, vi sorrisos de amizade, vi cansaço e amargura. Ouvi música que aproxima pessoas em afinidade e sintonia. Vi a música (é, eu vejo música) entrar nos ouvidos das pessoas e trazer à tona emoções contidas, guardadas ou até asfixiadas pelo contexto do real.
Fiquei pensando sobre o real e tentando buscar respostas menos óbvias, mas todas as minhas conclusões são óbvias e às vezes me espanto com minha frieza. Porque nada mais me assusta.
Meu olhar é de resignação.
Mesmo assim, meu sorriso continua belo e verdadeiro. A esperança ainda habita minha alma.
Pensei sobre o salto alto. As mulheres não vivem sem salto alto. Ele embeleza, deixa a mulher mais sexy. Mas, não raro, ele machuca o pé, faz bolha, faz mulheres menos experientes andarem como patas chocas. O salto pode quebrar. Ficamos vulneráveis.
Ou seja: violência e paixão.
Também tenho pensado muito sobre o ego. Das pessoas e meu.
Pra falar do meu ego, eu precisaria me descartar dele e olhar de fora? Ou ele pode ser um companheiro compreensivo e paciente que vai ouvir calado todas as minhas críticas? Será que é ele que tá me dando febre? Como resposta ao meu despertar e agora constante análise sobre a necessidade dele em minha vida... preciso dele, sim. Mas também sei que essa amizade pode não ser saudável.
Quero conseguir atingir aquele ponto onde pode-se viver na confusão mas, ao mesmo tempo, se manter distante dela com um olhar contemplativo à distância. Acredito que isso só seja possível quando se tem domínio sobre o ego. Quando o essencial deixa de ser a simples satisfação dos sentidos.
Em inúmeras ocasiões, lutei contra meu ego. Lutei e venci. Me despi da necessidade de ser admirada, respeitada e qualquer outra "ada" de que poderia necessitar pra me sentir bem. Pra mim foi vitória, mas como resposta tive o silêncio. Porque é difícil mesmo, conseguir perceber uma atitude nua e, ao mesmo tempo, se despir também, pra poder sentir a essência de um ato desses. Porque não basta receber. É preciso devolver o mesmo desprendimento.
Não que eu cobre essa postura das pessoas (porque a cobrança é meu ego batendo o pé como uma criança mimada "eu quero! eu quero!").
Não cobro nada, ou tento não cobrar. Como um exercício difícil de geometria analítica. Mas, assim como a geometria é pura análise racional, faço o possível para me manter atenta e tornar a tarefa simples, como a construção de uma frase.
Esse texto não tem conclusão porque ainda estou no jardim de infância da minha busca. Sou um cocozinho no mundo. Mas pretendo relatar minhas descobertas e conquistas. E os erros e enganos também.