Thursday, April 20, 2006

Os Mistérios Erisianos






O Princípio Anerístico é aquele de APARENTE ORDEM; o Princípio Erístico é aquele de APARENTE DESORDEM. Tanto ordem quando desordem são conceitos criados pelo homem e são divisões artificiais do CAOS PURO, que é um nível além do que o nível de criação de distinções. Com nosso aparato de criar conceitos, que chamamos "mente", nós olhamos para a realidade através das idéias-sobre-a-realidade que nossas culturas nos dão. As idéias-sobre-a-realidade são erroneamente rotuladas de "realidade", e pessoas não iluminadas sempre ficam perplexas pelo fato de que outras pessoas, especialmente outras culturas, vêem a "realidade" de uma maneira diferente. São somente as idéias-sobre-a-realidade que diferem. A realidade Real (Verdadeira com V maiúsculo) é um nível além do nível de conceito. Nós olhamos para o mundo através de janelas nas quais foram desenhadas grades (conceitos). Filosofias diferentes usam grades diferentes. Uma cultura é um grupo de pessoas com grades bastante similares. Através de uma janela nós vemos caos, e relacionamos ele aos pontos na nossa grade, e assim entendemos ele. A ORDEM está na GRADE. Este é o Princípio Anerístico. A Filosofia Ocidental preocupa-se tradicionalmente em contrastar uma grade com outra grade, e juntar grades na esperança de encontrar uma perfeita, que vai retratar toda a realidade, e vai, portanto, (dizem os ocidentais não-iluminados) ser Verdadeira. Isto é ilusório, é o que nós Erisianos chamamos de ILUSÃO ANERÍSTICA. Algumas grades podem ser mais úteis do que outras, algumas mais agradáveis do que outras, etc., mas nenhuma pode ser mais Verdadeira do que nenhuma outra. DESORDEM é simplesmente informação não relacionada vista através de alguma grade particular. Mas, como "relação", não-relação é um conceito. Macho, como fêmea, é uma idéia sobre sexo. Dizer que macheza é "ausência de feminilidade", ou vice-versa, é uma questão de definição e metafisicamente arbitrária. O conceito artificial de não-relação é o PRINCÍPIO ERISIANO. A crença de que "ordem é verdadeira" e desordem é falsa, ou de alguma outra forma errada, é a Ilusão Anerística. Dizer o mesmo da desordem é a ILUSÃO ERÍSTICA. O ponto é que a verdade (v-minúsculo) é uma questão de definição relativa à grade que uma pessoa está usando no momento, e a Verdade (V-maiúsculo), realidade metafísica, é totalmente irrelevante para as grades. Pegue uma grade, e através dela algum caos parece desordenado e outro aparenta desordem. Pegue uma outra grade, e o mesmo caos vai aparecer ordenado e desordenado de forma diferente.

Thursday, April 13, 2006

Um texto meio sem fundamento

Quando penso no Japão na idade média, imagino um monte de guerreiros de rabicó esfaquiando a própria barriga branca.
Por que todo mundo na idade média se matava?
No Japão havia a cidade de Edo, hoje Tokyo. E também tinha Kyoto, hoje Kyoto.
Várias guerras civis rolaram.
Destruíram Kyoto.
E a arte floresceu!
A idéia é a de que a arte, assim como a cultura, brota após um período politicamente crítico.
A onda chega e tudo destrói. Não resta alternativa senão começar de novo sob outra ótica, com diferentes perspectivas e valores.
O novo abre espaço para quea visão seja diferenciada e, com ela, vem a criação.
Inata, porém amortecida.
É preciso que o mundo se transforme, se renove periodicamente, para que a arte floresça?
Ou será a arte responsável pela renovação do mundo?
No Japão da idade média, os que detinham o poder usavam a arte como instrumento. Permitiam que os artistas retratassem o dia a dia das cidades (e pagavam pelas obras) para que pudessem observar o que ocorria com o povo sob seu domínio.


Puta texto tosco. Parei.