Saturday, July 18, 2009

Diz a lenda que a raridade do trevo de quatro folhas o transformou em um poderoso amuleto. Os antigos magos druidas, que habitavam a Inglaterra por volta do ano 300 a.C., acreditavam que quem possuísse um desses trevos poderia absorver os poderes da floresta e a sorte dos Deuses. Ainda segundo a lenda, é preciso ganhá-lo de presente e depois presentear três pessoas.
Quando se ganha um trevo de 4 folhas, diz a tradição, a pessoa recebe votos de prosperidade, saúde e fortuna. Ainda segundo a tradição, a cada trevo que se colhe, brotam seis novos, multiplicando a sorte para todos.
O número de folhas representa um ciclo completo, como as 4 estações, as 4 fases da lua ou os 4 elementos da natureza.



No meio de tanto concreto, me faz um bem danado cultivar algumas plantinhas. Especialmente esta, com uma história tão bonita.



Friday, July 10, 2009

O que temos para hoje?

Ah, veja só!
Vamos sorrir juntos!
As estradas estão boas hoje, o caminho é curvo, mas constante.
Seu corpo se movimenta em minha direção e fica leve com a brisa que bate e te empurra para o desconhecido.
Veja, as luzes estão se apagando. O filme vai começar.
Coadjuvante de minha estória ou quer o papel principal?
Podemos negociar.
Toda minha vida é negociável, flexível. Contanto que intensa e livre. Voando por aí.
Eu vôo, sabia?
Vôo pelos cantos da minha casa, entre as músicas que vejo no ar. Elas voam comigo e cantam pra mim.
Quer cantar também?
Veja! O dia já é noite!
Agora as luzes se acendem e os monstros saem às ruas.
Porque a noite é bela e até os monstros podem ser seduzidos pela beleza.
Eu quero a noite aqui dentro. A lua toda pra mim.
Você já olhou a lua por um bom tempo? Já viu que ela olha pra você também?
Que roupa vou usar? Meu batom preferido?
Lá vou eu de novo, brincar de levar o mundo a sério. Prestar atenção às pessoas como se fosse seu último discurso. Olhar a todos nos olhos, intensamente. Até que se amedrontem de mim.
E com um doce abraço, estamos todos perdoados.

Hoje chove

Te imaginava chegando, todos os dias.
Te via ouvindo minhas músicas.
Te sentia percebendo meus movimentos e se aproximando, com delicadeza e medo.
Te escutava. Captando minhas palavras e compreendendo as entrelinhas.
Tudo isso em meus constantes poéticos delírios de amor.
Quem sabe eu finalmente perceba que o destino opera, sim, em cada movimento e pensamento meu.
Que minhas estórias e ilusões e esperanças são mentiras. Confortantes mentiras minhas.
Quem sabe eu viva o presente e ame, e fale, e grite, e aprenda que o orgulho é inútil e o ego...
Ah, o ego... tão... pequeno, tão limitador.
Quem sabe isso me fortaleça ainda mais, me faça aprender um pouco mais e me faça viver o que é real e não apenas o que é imaginação e desejo.
Porque até então, teimosa, não abria mão do que desejava, mesmo que sozinha, em pensamento.
O que quero dizer é que sentirei saudades e meu coração dói...
Porque não falei o suficiente. Não falei.
Em nossos encontros fugazes, nossos momentos de paz. Era o silêncio que reinava entre nós. Prazer e silêncio.
Fui orgulhosa. Eu, em meu trono de prepotente segurança.
Queria que você se orgulhasse de meus passos. Admirasse meu mundo. E quisesse fazer parte dele.
E agora me despeço sozinha, sem você pra abraçar e falar “boa viagem”.
Talvez essa seja a forma de me e te libertar, de dizer o adeus legítimo, após tantos outros que já disse sem querer dizer, sem sentir. Sem dizer.
Porque sempre te quis perto. Sempre te quis.
E não recebi nenhum telefonema.
E me afastei em todas as suas cruéis tentativas de aproximação.
Não nos encontramos, por algum motivo.
E vai ser triste não te imaginar chegando. Triste não te procurar pelas ruas. Triste não perguntar por você.
No entanto, você sempre esteve longe. No entanto, sempre ausente.
Eram minhas estórias imaginadas que te mantinham ligado a mim.
Ainda te acho lindo.
E caminho para a felicidade, como sempre.
E liberto meu coração, finalmente.
E hoje, ironicamente, chove.
Yes, it's time. Usually this perfect time of the night. When everybody's out, looking for something, for someone to find.
At this specific time, I just turn the lights low and play some nice music... to relax and to smile.
Because I really smile alone, you see?

And to smile with me, you should listen to this: Baby it's cold outside

I just love being here with my soul, playing with my time and my fantasies. Where I lay calmly and breath deeply, just doing all these things I like. I live to fantasize.

Looking for myself instead of looking for something else. Have so much to find within me. So much to find.

The music, the incense, the low light and myself, we fulfill the scene. Almost magic.

I love the fantasy I make of myself.

Tuesday, July 07, 2009

Se tiver coragem...

Sei que parece triste e pareço inconstante. Sei que tudo o que olho se altera. Meu olhar altera a realidade.
É a percepção diferente de tudo o que vejo que transforma o que sinto, o que quero.
A música termina e deixa no ar aquilo que não foi exposto.
Mas eu exponho.
Exponho com marcas e olhares. Exponho com lucidez e força.
Quero ver seu mundo. Observá-lo de longe e senti-lo. Não deve ser tão diferente nem tão interessante. Mas ainda assim, quero transitá-lo com liberdade e sutileza.
Só que preciso de muito. Preciso da necessidade em me querer por perto, preciso do pedido: Venha...
Porque eu vou. Eu vou porque a vida me empurra. Me leva pelos caminhos que escolho com o instinto, com a alma e com o olhar.
Meu olhar é muito mais intenso e muito menos doce do que possa imaginar.
Ele carrega uma estória densa, cheia de contra-sensos e discordâncias.
Você sabe sair do seu ritmo? Mudar de cadência?
Pois eu sei...
Eu transformo a fala, o sentido, a lógica da maneira que me convém.
Isso tudo se encontro espaço, se encontro o caminho, se o chão for de terra.
Eu vou.

Carinho da alma

Te confesso que por mais que eu queira, não te encontro nas minhas lembranças…
Não posso te tocar, não te vejo.
Não sei em que momento decidimos, ou eu decidi, quebrar o feitiço. E ele se rompeu, ou eu o rompi.
Tão pouco tempo, tão pouco de você, tão pouco de nós. Tudo tão pouco…
Você não me parece uma pessoa excepcional da qual eu me apaixonaria sem esforçar-me e não encontro nas tuas palavras, pelo menos nas que eu escutei até agora, nada que valha a pena de verdade. Mas mesmo assim você esta aí, nas nevoas desse minúsculo momento feliz, intentando ser, intentado fugir, aparecendo e desaparecendo em mensagens eletrônicas, em momentos fugazes. Que ridículo, grita minha mente, meu corpo e meus sentidos. Ridículo não poder te ocultar nesse emaranhado de novas e saudáveis e bonitas sensações que encontro agora que sou livre, que pude me livrar desses beijos tão escuros, desse polvo gigante, dessa ansiedade, de toda essa estúpida intensa loucura. Agora que sou livre dele. Desse estúpido vampiro que deixei entrar na minha vida. Quero esquecer tua sombra mas, talvez, seja ela justamente o que me mantém fiel ao meu sentido de auto preservação. Tua sombra, teu minúsculo presente, tua minúscula presença, teus minúsculos gestos, esses que não te comprometem. Não quero que você se comprometa. Eu me livrei! E isso é o mais engraçado e o que mais confunde. Porque gostaria de ter você a uma distancia fácil, algo entre o estirar dos meus braços e o fechar das minhas mãos, um segundo antes de que eu possa te aprisionar. Não quero te aprisionar, nem que você se aproxime tanto aos meus longos dedos, mas gostaria de ter você aí, onde eu possa te ver, te falar, como estou fazendo agora, sem que você se acovarde, ou se arrependa, ou se surpreenda, ou ria. Eu não sei muito bem quando foi que te mostrei meu espanto, minha vertigem a tudo o que seja estar muito perto de alguém, essa minha terrível vertigem e espanto de estar doente de amor. Talvez eu saiba... Acontece que eu não quero ficar doente outra vez, não quero me contagiar. Não posso. Será possível amar sem ficar doente? Será verdade que a gente só ama quando fica doente do outro? Eu gostaria de provar outra forma de amar. Talvez menos intensa, talvez menos dolorosa, talvez menos doente. E estou procurando. Não será com você essa nova forma, acho que já sei, mas a tua distante presença é o que me mantém fiel ao meu sentido desta busca. Me livrei!!!! Então preciso desse pouco de você, dessas tontas mensagens eletrônicas, dessas estranhas visitas insólitas, desses encontros rápidos, incoerentes e inférteis que não vão levar a nada, só a que eu me cure sozinha as feridas. Essas que eu consegui quando me entreguei, quando me deixei contagiar de loucura, possessão, ciúme e amor. Não será o mais saudável, estou de acordo, mas sei, sem lugar a dúvidas, que era amor, um amor primário, livre de filosofias e intelectualidades, um amor precário, egoísta, feito de animalidade. Essa que sempre esta aí, encurralada. Mesmo que a gente lute por escondê-la, reprimi-la, ela sempre esta aí. Eu a soltei. Quantos tiveram coragem? Eu tive. Vivi esse amor como um instinto, como uma necessidade, como uma resposta violenta a esse falso sentido comum, barato e fédido que sempre está por todos lados e em todas as pessoas, inclusive em mim. È estranho que eu tenha me deixado contagiar assim, é verdade, mas é assim, me deixei contagiar. E não me arrependo de nada, o que pode ser muito triste ou muito feliz de acordo de onde você olhar. Agora que eu sou livre e que me estou curando dessa terrível gripe. Obrigada por estar aí, absurdamente aí, completamente sem sentido aí, nesse canto da minha alma que eu não entendo, que eu quase nunca olho, que me invade de medos, de incompreensão, de solidão, de vazios, de timidez e de vergonhas. É com certeza o lugar mais frágil que tenho e você esta aí. Sabe, tudo isso é só meu e é melhor que seja assim, que você não saiba mais, que não entenda mais, que não me dê mais do que está disposto a me dar. Eu não poderia neste momento com mais. Nunca é uma palavra muito grande, tanto como sempre e já não me atrevo, como antes, a pronunciá-la tão impunemente.

(Veronica Cestac, um intenso relance de mim)

Friday, July 03, 2009

Texto que se encaixa


Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins.
Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem).
No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um sorriso gentil, acreditando resolver aí 500 anos de história.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. “Ô Betão, traz mais uma pra gente”, eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins, que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha.
Se bem que nós, meio intelectuais, quando saimos com alguém pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol. Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó, além dos garotos de cabelo bagunçado e All Star velho imundo. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico.
E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil!



(idéia de um desconhecido chamado Luciano)

Thursday, July 02, 2009

Michael Jackson e a fabricação de si mesmo

Paulo Costa Lima
De Salvador (BA)

"Homens promovidos ao estado de produto"

Mais do que qualquer característica pontual - voz, repertório, gênero - a construção de Michael é o personagem. Seus clips provam isso. E que personagem seria esse? Por que exerce um tal magnetismo?
Podemos evocá-lo facilmente através do estilo de movimento, uma cinética toda especial, uma dança eletrizante mas aparentemente disforme, dança sem lei que faz o corpo andar para trás, amolecer que nem borracha, deslizar sem gravidade. As crianças piram: seria um Chaplin trans-figurado pela pós-modernidade?
Esse personagem que canta e dança, atrai para si os adereços mais incríveis. Na verdade ele configura o corpo como adereços - e naquele famoso sacolejo de quadris que sempre emoldura uma pegadinha radical, parece nos dizer que o próprio pênis é um adereço -, existiria irreverência maior?
Com isso, personifica a rebeldia e a 'aventura' na terra do sem-limite, sua never-land interior, seu rancho permanente, de onde nunca pôde sair. Preso a um intrincado processo de fabricação artificial de si mesmo - impedido de seguir o caminho da identificação com um pai violento - transforma essa auto-fabricação (misérias e delícias) no foco de atenção midiática.
Repete compulsivamente esse fantasma de que não há pai, de que ele se inventa sozinho - tal como seu personagem.
Isso vale tanto para a dimensão ficcional como para o MJ real, que apresenta seu filho ao mundo de maneira esdrúxula, do alto de um hotel. Aparentemente não há registro do que é um filho. Como poderia haver?
Preso nessa condição, enxerga-se/ama-se em todos os meninos, no quase delirio dessa horizontalidade fabricada, onde ele também é um deles. Mas a onipotência da fama bate de frente com o sintoma - no final das contas ele realizou o desejo do pai, tornando-se o J. mais famoso. Esse conflito deve ter exigido medidas drásticas.
Ignora a genética e fabrica-se branco - não há limite. Envolve-se, portanto, numa intricada desconstrução impossível de sua negritude, que grita por todos os seus poros, em cada jeito de corpo, em cada foto de família. Dolorosa travessia ao nada da impossibilidade de identificação.
Imaginem um MJ futuro, já no auge das manipulações genéticas... O que aprontaria? Não é justamente isso que aquele famoso clip 'black and white' anuncia, fundindo dezenas de faces?
Ora, MJ não é apenas o corpo que morreu anteontem, mas também o conjunto bilionário de todas as representações que dele fazemos. Representações vivas que se materializam em covers espalhados pelo mundo afora. Quem não gostaria de deslizar eternamente com aquele gingado?
E ao oferecer ao mundo seu processo de fabricação artificial de si mesmo como objeto de adoração, está absolutamente alinhado com a necessidade pós-moderna de desvinculação da instância terceira de um Outro - pai, pátria, religião, instituição, causas sociais e políticas, moral etc.
E está também alinhado com as boas práticas do mercado. Um mercado para o qual a auto-referência representa o caminho da maior lucratividade, pela via da globalização, que se entranha nesse declínio do Outro através da flexibilização econômica - atores sem nada acima deles que impeça a maximização das trocas.
Como sinal dos tempos, o percurso de MJ absorve diversos traços característicos da vã tentativa de remediar a carência do Outro:

a) o discurso para o bando, para a gangue (esse é o ambiente dos clips), onde se distribui a responsabilidade da 'auto-fundação';

b) o impulso para a adição (mesmo que pela via da medicalização ou do consumo), um recurso imprescindível para enfrentar depressão e dor;

c) os signos da onipotência tão comuns ao estrelato;

d) um implacável enfraquecimento do espírito crítico (não há a quem prestar contas), daí para o endividamento, um passo;

e) as novas formas sacrificiais e a manipulação do corpo

f) a negação da diferença sexual e geracional;

g) a exposição da vida íntima como artifício de mercado (prenuncia os blogs).

Do ponto de vista das mercadorias, MJ representa um ponto culminante no processo de fetichização. Foi aí que ouvi do meu amigo João Carlos Salles a famosa tirada do velho Marx sobre o futuro do capitalismo, na direção do fetiche: as mesas vão dançar...
E nós, o que faremos sem essa pirueta fantástica fingindo ser coisa nossa?

1 - Flexão pós-moderna de uma famosa crítica ao capitalismo: "homens reduzidos ao estado de produtos"
2 - Cf. Dufour, A arte de reduzir as cabeças. Editora Companhia de Freud.


Paulo Costa Lima é compositor. Pesquisador pelo CNPq. Professor de composição da Universidade Federal da Bahia.www.myspace.com/paulocostalima - http://www.paulolima.ufba.br/ Fale com Paulo Costa Lima: paulocostalima@terra.com.br