quando fico feliz, meus olhos ficam arredondados.
é ótimo sentir meus olhos arredondados. fico mais feliz.
é consequência e causa, não acaba.
sorrio mais.
e meus olhos se enchem de ternura.
e, assim, me lembro de quem sou.
Coleção de letras esculpidas em frases. Que dizem algo ou não dizem nada. Uma pretensão qualquer.
Sunday, February 28, 2010
Sunday, February 21, 2010
Silêncio
Não quero nada disso.
Isso dói e não faz sentido.
Não faz sentido ouvir essa mesma música que ouço há séculos e insisto em repeti-la, ouvindo alto e cantando aos berros no meu apartamento, meu pequeno e frágil mundo de palavras cortadas.
Meu pequeno mundo de clichês e pretensões falsas.
Meu mundo de construções tortas. Meu alicerce de madeira podre.
O mato que cresce, a praga que devora o que ainda há de belo.
E ouço a mesma música e insisto em ouvi-la alto e cantá-la aos berros pra não esquecer a letra, pra manter no coração os versos e rimas obsoletos e vulgares que despertam em mim aquele sonho que, bem sei, não existe.
O céu está azul. Meu coração apertado.
Vai embora daqui. Leva essa música ridícula contigo.
Volte, sorria mais uma vez. Vem ouvir a música comigo.
Eu odeio como me deixa frágil.
Odeio como joga na minha cara a menina sensível que sou.
Esse aperto no coração que uma mulher como eu não pode ter.
Essa mulher que construí tijolo por tijolo.
Essa fortaleza de sensatez e racionalidade.
Essa fútil postura.
Minha máscara que já faz parte de minha pele, entranhada em meus músculos e olhar.
Inabalável.
Minha fragilidade é para poucos e você não poderia estar aqui. Não poderia.
Jogo as roupas fora, corto meu cabelo. Mudo de música. De casa.
Mudo o jogo.
Odeio o café que tomo e o céu está azul lá fora.
Lá fora.
E tudo isso é uma grande bobagem. Grande bobagem minha.
Vai logo. Some daqui.
Some das minhas histórias, das minhas fantasias, do meu sorriso.
Fuja do meu olhar que te seduz.
Ou então venha logo, pelo amor de deus, que te espero.
Que não canso.
Que a música está alta aqui em casa. Essa porcaria de música que não tiro do repeat.
Isso dói e não faz sentido.
Não faz sentido ouvir essa mesma música que ouço há séculos e insisto em repeti-la, ouvindo alto e cantando aos berros no meu apartamento, meu pequeno e frágil mundo de palavras cortadas.
Meu pequeno mundo de clichês e pretensões falsas.
Meu mundo de construções tortas. Meu alicerce de madeira podre.
O mato que cresce, a praga que devora o que ainda há de belo.
E ouço a mesma música e insisto em ouvi-la alto e cantá-la aos berros pra não esquecer a letra, pra manter no coração os versos e rimas obsoletos e vulgares que despertam em mim aquele sonho que, bem sei, não existe.
O céu está azul. Meu coração apertado.
Vai embora daqui. Leva essa música ridícula contigo.
Volte, sorria mais uma vez. Vem ouvir a música comigo.
Eu odeio como me deixa frágil.
Odeio como joga na minha cara a menina sensível que sou.
Esse aperto no coração que uma mulher como eu não pode ter.
Essa mulher que construí tijolo por tijolo.
Essa fortaleza de sensatez e racionalidade.
Essa fútil postura.
Minha máscara que já faz parte de minha pele, entranhada em meus músculos e olhar.
Inabalável.
Minha fragilidade é para poucos e você não poderia estar aqui. Não poderia.
Jogo as roupas fora, corto meu cabelo. Mudo de música. De casa.
Mudo o jogo.
Odeio o café que tomo e o céu está azul lá fora.
Lá fora.
E tudo isso é uma grande bobagem. Grande bobagem minha.
Vai logo. Some daqui.
Some das minhas histórias, das minhas fantasias, do meu sorriso.
Fuja do meu olhar que te seduz.
Ou então venha logo, pelo amor de deus, que te espero.
Que não canso.
Que a música está alta aqui em casa. Essa porcaria de música que não tiro do repeat.
Friday, February 12, 2010
A menina
A menina anda pelas ruas, sozinha.
A menina tem muitos amigos, mas se sente só.
Clichê.
A menina não gosta de seu corpo e sabe que é perfeita, com todos os seus nervos à flor da pele.
Ela não vibra mais como antes.
A menina quer canção.
Dança.
A menina volta para casa sozinha, sem dar atenção aos olhares interessados.
Ela não tem coragem.
Timidez.
Ela pensa que são superficiais os olhares interessados.
Vazio.
A menina se sente sozinha e adora a solidão da sua casa.
Mentira.
A menina quer amar.
Entrega.
A menina quer um encontro com velas e carinho.
Ela sonha com o amor.
De verdade.
Mas é carnaval.
Ela anda confusa e cansada, por entre os gritos estridentes e sorrisos largos e movimentos intensos de vida ao seu redor.
Poderia se lançar?
Poderia brincar de faz-de-conta e lançar superficiais olhares interessados àqueles que chamam sua atenção.
Poderia não pensar.
Mas ela pensa e lembra que queria o poder em suas mãos.
Ego.
Ela desejou ter o poder em suas mãos para poder desfazer-se dele. Brincar.
A menina é insegura e precisa de poder em suas mãos para se sentir forte.
Ela abusa de quem a oferta com tal poder.
E sozinha, sem poder e sem ação, ela deixa de fantasiar.
Realidade.
Volta sozinha para sua casa.
A realidade a corta ao meio.
Ela percebe que não é.
Ela não é.
E assim, deixa a vida passar.
A menina tem muitos amigos, mas se sente só.
Clichê.
A menina não gosta de seu corpo e sabe que é perfeita, com todos os seus nervos à flor da pele.
Ela não vibra mais como antes.
A menina quer canção.
Dança.
A menina volta para casa sozinha, sem dar atenção aos olhares interessados.
Ela não tem coragem.
Timidez.
Ela pensa que são superficiais os olhares interessados.
Vazio.
A menina se sente sozinha e adora a solidão da sua casa.
Mentira.
A menina quer amar.
Entrega.
A menina quer um encontro com velas e carinho.
Ela sonha com o amor.
De verdade.
Mas é carnaval.
Ela anda confusa e cansada, por entre os gritos estridentes e sorrisos largos e movimentos intensos de vida ao seu redor.
Poderia se lançar?
Poderia brincar de faz-de-conta e lançar superficiais olhares interessados àqueles que chamam sua atenção.
Poderia não pensar.
Mas ela pensa e lembra que queria o poder em suas mãos.
Ego.
Ela desejou ter o poder em suas mãos para poder desfazer-se dele. Brincar.
A menina é insegura e precisa de poder em suas mãos para se sentir forte.
Ela abusa de quem a oferta com tal poder.
E sozinha, sem poder e sem ação, ela deixa de fantasiar.
Realidade.
Volta sozinha para sua casa.
A realidade a corta ao meio.
Ela percebe que não é.
Ela não é.
E assim, deixa a vida passar.
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