Thursday, December 04, 2008

Les fenêtres sont grands

Grandes, largas e o vento sopra forte. Bagunça tudo aquilo que com tanto esforço coloquei em seu devido lugar.
Mas onde foi que guardei?
Por que tem tanta sujeira e pedaços e restos de mim escondidos em frestas, arestas, buracos? Sob as roupas e atrás dos livros.
Peças quebradas do meu jogo preferido.
E pra onde vai tudo isso?
Por que não desapareceu? Por que não voou e foi embora com aquele vento forte que bateu?
Minha energia parece diluída por esses cantos, atrás de todas as portas que fechei.

E nem é tão novidade nem tamanha a surpresa.
Somente a verdade ainda sem tomar corpo a ponto de personificar um desejo.
De zerar.
E começar tudo de novo.

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Olho para a cadeira vazia em minha frente e realmente não tem ninguém lá.