Wednesday, September 17, 2008

Pra conhecer o Seu Lourival

Estou em Porto Alegre. As pessoas não parecem tão alegres aqui.

Nas ruas, comércios o sorriso é tímido e o olhar distante.
Alguns segundos de foco e só.

Eu nesta cidade desconhecida: Caminho pelas ruas. Encontro um beco. Nele, homens fumando e um característico aroma no ar... Por que não aqui?

Ainda caminhando, cruzo olhares com um homem. Um rapaz. A energia é boa e sorrio. Ele sorri de volta. Por poucos segundos nossos olhos se encontram e toda a cidade perde o foco.
Ele se vai, eu também.
Meu espírito se enche de alegria quando encontra estrelas pelas ruas. E continuo sorrindo.

Procuro lugar para jantar, mas não estou no lugar certo.
Quero música, cheiro de madeira. Luz baixa e uma cerveja pra relaxar.

Um restaurante indiano me chama a atenção. Lindo.
Dentro, nada inferior a R$ 70,00.
Fora, mendigos com frio. A noite é fria.
Saio em busca de outro lugar, mais meu.

"Lourival, desde 1953".

Devo admitir que pedi uma Erdinger devido a minha ignorância quanto às dezenas de diferentes tipos de cervejas que havia no cardápio (setenta, para ser precisa). Muitas, dos mais variados países.

Nas paredes quadros e fotos de uma cidade que não mais existe. Ela mudou muito, da porta pra fora. Aqui dentro, nada tem pressa de mudar.

De certa forma me encontrei e coloco no papel algumas impressões deste lugar.
Marcado em minha memória. Por um leve toque em meu coração.

15/09/2008





Monday, September 08, 2008

O ar que respiramos

Lá de cima dá pra ver o céu. Ele é azul, pasmem!


Estava eu lá nas alturas quando vi esta imagem. E ela é bem mais feia ao vivo.


Uma placa de fumaça, sujeira e fuligem cobrindo toda a cidade. É triste, bem sei. Todos sabemos. E a respiramos diariamente.

Também lá de cima dá pra ver nosso tamanho real. Pequeno, insignificante. Somos realmente aquele grão de areia da praia. We fill it, and yet almost don't seem to be there at all.

É bom pra acalmar a alma. Esta "realidade" a que nos entregamos é demais irreal, engrandecida por nossos desejos, preocupações e referências. Engrandecemos problemas e necessidades.
Sei que é da natureza, do espítito humano elevar-se além do horizonte e buscar mais.

Na verdade, a vida é bem mais simplezinha...