Estou em Porto Alegre. As pessoas não parecem tão alegres aqui.
Nas ruas, comércios o sorriso é tímido e o olhar distante.
Alguns segundos de foco e só.
Alguns segundos de foco e só.
Eu nesta cidade desconhecida: Caminho pelas ruas. Encontro um beco. Nele, homens fumando e um característico aroma no ar... Por que não aqui?
Ainda caminhando, cruzo olhares com um homem. Um rapaz. A energia é boa e sorrio. Ele sorri de volta. Por poucos segundos nossos olhos se encontram e toda a cidade perde o foco.
Ele se vai, eu também.
Meu espírito se enche de alegria quando encontra estrelas pelas ruas. E continuo sorrindo.
Procuro lugar para jantar, mas não estou no lugar certo.
Quero música, cheiro de madeira. Luz baixa e uma cerveja pra relaxar.
Um restaurante indiano me chama a atenção. Lindo.
Dentro, nada inferior a R$ 70,00.
Fora, mendigos com frio. A noite é fria.
Fora, mendigos com frio. A noite é fria.
Saio em busca de outro lugar, mais meu.
"Lourival, desde 1953".
Devo admitir que pedi uma Erdinger devido a minha ignorância quanto às dezenas de diferentes tipos de cervejas que havia no cardápio (setenta, para ser precisa). Muitas, dos mais variados países.
Nas paredes quadros e fotos de uma cidade que não mais existe. Ela mudou muito, da porta pra fora. Aqui dentro, nada tem pressa de mudar.
De certa forma me encontrei e coloco no papel algumas impressões deste lugar.
Marcado em minha memória. Por um leve toque em meu coração.
Marcado em minha memória. Por um leve toque em meu coração.
15/09/2008