Sunday, October 25, 2009

Uma noite dos meus 31 anos

Hoje me senti desorientada. No sentido de não saber pra onde ir, como interagir, como me aproximar. Antes isso era tão simples. Uma piada, uma brincadeira pra quebrar o gelo e lá estava eu, no meio da roda, protagonizando um rápido momento na vida de algumas pessoas.
Agora me sinto mais vulnerável, mais frágil.
Postulei tal comportamento como antisocial e careta, simplesmente para mascarar minha insegurança e fragilidade, como sempre.
Ainda aguardo a visita daquele que encontre isso em mim.
Com o passar dos tempos, agora com meus 31 anos, sinto o chamar do mundo. A necessidade latente de um posicionamento puro, verdadeiro para o mundo.
Ainda não o tenho, me desculpem.
Continuo me questionando e questionando.
O que acontece agora é que sinto e vejo muito mais claramente minha forma de agir e interagir com o mundo.
E me pareço agressiva, sim.
Faz tempo que me sinto assim e - juro - tento muito relaxar, oferecer mobilidade e flexibilidade a meu espírito. Realmente quero.
E cada vez mais sinto que posso ser ajudada pela presença de pessoas a meu redor que discutem, argumentam, posicionam-se de forma a me oferecer, involuntariamente,respostas tão difíceis de se obter sozinha, dada minha sólida e sóbria visão de mundo.
Hoje reencontrei a Beth, depois de três anos.
Três anos de meias conversas por MSN.
Apesar de suas dores, seus disabores, seu cansaço, ela continua leve. Seu viço é o mesmo e seu sorriso largo ainda brinda o mundo com leveza e - solta - ainda sorri.
De um amigo ouvi que sou marcante.
Passo e compasso marcantes. Mensagens fortes.
Ainda assim, quero recompor-me. Reencontrar-me com o suave da vida, com a brisa da noite e a leveza de simplesmente estar. Estar presente e envolta em uma realidade.
Realidade que mascaro, a qual me protejo, já não tão solta ou entregue quanto antes.
Não acredito que seja natural da idade. Nem da realidade vivida.
Minha realidade é aquela que construo para mim mesma, a partir de meus conceitos pré-concebidos.
Tenho medo de estar me fechando,construindo travas e mecanismos de defesa cada vez mais consistentes.
Preciso da presença desses amigos para massagearem minha alma.
Dori e Beth.
Me proporcionam um respiro profundo.
Que naturalmente me conduzem a um sorriso bom e tranquilo.
Às 04h da manhã de um dia dos meus 31 anos.

1 comment:

Anonymous said...

Hora de postar algo novo, não?