Hoje me senti desorientada. No sentido de não saber pra onde ir, como interagir, como me aproximar. Antes isso era tão simples. Uma piada, uma brincadeira pra quebrar o gelo e lá estava eu, no meio da roda, protagonizando um rápido momento na vida de algumas pessoas.
Agora me sinto mais vulnerável, mais frágil.
Postulei tal comportamento como antisocial e careta, simplesmente para mascarar minha insegurança e fragilidade, como sempre.
Ainda aguardo a visita daquele que encontre isso em mim.
Com o passar dos tempos, agora com meus 31 anos, sinto o chamar do mundo. A necessidade latente de um posicionamento puro, verdadeiro para o mundo.
Ainda não o tenho, me desculpem.
Continuo me questionando e questionando.
O que acontece agora é que sinto e vejo muito mais claramente minha forma de agir e interagir com o mundo.
E me pareço agressiva, sim.
Faz tempo que me sinto assim e - juro - tento muito relaxar, oferecer mobilidade e flexibilidade a meu espírito. Realmente quero.
E cada vez mais sinto que posso ser ajudada pela presença de pessoas a meu redor que discutem, argumentam, posicionam-se de forma a me oferecer, involuntariamente,respostas tão difíceis de se obter sozinha, dada minha sólida e sóbria visão de mundo.
Hoje reencontrei a Beth, depois de três anos.
Três anos de meias conversas por MSN.
Apesar de suas dores, seus disabores, seu cansaço, ela continua leve. Seu viço é o mesmo e seu sorriso largo ainda brinda o mundo com leveza e - solta - ainda sorri.
De um amigo ouvi que sou marcante.
Passo e compasso marcantes. Mensagens fortes.
Ainda assim, quero recompor-me. Reencontrar-me com o suave da vida, com a brisa da noite e a leveza de simplesmente estar. Estar presente e envolta em uma realidade.
Realidade que mascaro, a qual me protejo, já não tão solta ou entregue quanto antes.
Não acredito que seja natural da idade. Nem da realidade vivida.
Minha realidade é aquela que construo para mim mesma, a partir de meus conceitos pré-concebidos.
Tenho medo de estar me fechando,construindo travas e mecanismos de defesa cada vez mais consistentes.
Preciso da presença desses amigos para massagearem minha alma.
Dori e Beth.
Me proporcionam um respiro profundo.
Que naturalmente me conduzem a um sorriso bom e tranquilo.
Às 04h da manhã de um dia dos meus 31 anos.
1 comment:
Hora de postar algo novo, não?
Post a Comment